SERVIDOR DA JUSTIÇA COMPROU CASA EM ITACIMIRIM COM DINHEIRO VIVO
Segundo a PF, há indícios de ocultação de parte do valor pago, o que pode configurar crime de lavagem de dinheiro. O montante de R$ 556 mil em espécie, somado a outros valores sem origem identificada, reforça a hipótese de envolvimento em corrupção.
Entre outubro de 2022 e novembro de 2023, o desembargador realizou nove transferências bancárias, totalizando R$ 924 mil, ao antigo proprietário do imóvel.
Conversas interceptadas
Em uma das escutas realizadas pela Polícia Federal, Júlio Cardoso discutiu com um interlocutor identificado como João a estratégia para os pagamentos. Durante a conversa, o desembargador mencionou a intenção de dividir os valores em múltiplas transferências.
“Vai mandar essas quatro (transferências) de 200”, sugeriu Cardoso. João concordou: “Se você transferir tudo de uma vez, desperta o banco. Melhor que você vá transferindo aos poucos. Fica a critério seu.”
As investigações seguem em curso, buscando esclarecer a origem dos valores e confirmar as suspeitas de crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.